Se pararmos para refletir, as crianças não se sentem culpadas ao comer. Elas comem, brincam, não se preocupam com o corpo e o peso e são felizes! Não é mesmo?

Mas, parece que a chegada à adolescência muda todo esse cenário. Meninas e meninos começam a se preocupar com o seu corpo, peso, massa muscular, com o que comem e entram na vida adulta regados de crenças sobre a comida e sobre a sua forma física.

Vivemos em uma sociedade que não sabe viver em paz com a comida e que dita padrões de beleza (que não condizem com o seu biotipo). Em que o terrorismo nutricional domina as redes sociais e os consultórios. Uma hora é o ovo, na outra é o glúten, o carboidrato, a gordura… Onde comer algo que se gosta, fora de sua rotina, é um “tudo a perder”. Ninguém mais sabe o que comer.

Tantas crenças, pensamentos e comportamentos distorcidos. Na vida adulta, já não existe uma pessoa que gosta de comer, mas um indivíduo com medo da comida.

Claro que devemos priorizar os alimentos mais naturais e comidas de verdade em nosso dia a dia. Os industrializados, alimentos muito doces, gordurosos e salgados não deveriam ser consumidos em grande quantidade e com frequência. Tudo na vida é moderação.

E, para sua reflexão, deixo essa frase que aprendi com a nutrição comportamental: COMO se come pode ser tão ou mais importante do que, simplesmente, O QUE se come.

E você? Quando criança sentia culpa ao comer?

Texto escrito por Amanda Guimarães | Nutricionista infantil