Sempre falo que o aleitamento materno é lindo, perfeito, é amor, carinho, afeto e vínculo. E é tudo isso mesmo!

MAS, hoje venho falar do outro lado:

Muitas mulheres podem apresentar dificuldades no início da amamentação, podem sentir dor, medo, insegurança. Podem achar que não são capazes de alimentar seus filhos, podem chorar… Enfim, elas estão sensíveis. É um turbilhão de hormônios e sentimentos. E, apesar do leite materno ser o melhor alimento para o bebê e uma das melhores formas de interação mãe-filho, temos que parar para pensar um pouco na mulher. Percebo que muitas vezes ela fica “esquecida” nesse processo. Acabamos focando tanto no bebê,  no ganho de peso, nos ideais da amamentação e nos esquecemos da mulher. Da mãe que acabou de nascer. Pois é… Não nasceu só um bebê, nasceu uma mãe cheia de dúvidas e de insegurança.

Não pensamos no quanto são cobradas, no quanto se cobram, no quanto escutam de “regras” – muitas vezes impostas por nós profissionais de saúde (sem algum sentido).

Amamentar é um aprendizado gradual para mãe e bebê. Pode ser mais fácil para algumas mulheres. Mas, para outras pode ser um grande desafio.

Toda mulher é capaz de amamentar, mas toda mulher precisa de INFORMAÇÃO e de APOIO. No início pode ser mais difícil. Mas, com o tempo ambos (mãe e bebê) irão aprendendo.

E se, por algum motivo, a mulher não conseguiu amamentar, ela não será menos mãe, ela não será culpada, errada ou fracassada. Mesmo assim ela será MÃE e será capaz de oferecer todo o seu amor e carinho.

Concordo muitíssimo com essa frase do Dr. José Martins:

“Tenho plena consciência que as mães (com raras exceções) desejam amamentar seus bebês. Ainda, a grande causa do insucesso  da amamentação são os fatores externos que interferem na perfeita conexão entre mãe e bebê neste momento. Estou convencido de que não há culpa alguma que recaia sobre a mãe, mas no entorno em que ela está inserida.”

Texto escrito por Amanda Guimarães | Nutricionista infantil