O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria sugerem algumas quantidades para bebês e crianças. Mas, esses valores são tão teóricos. Sabe por quê?

Se você observar os bebês que mamam, eles mesmos controlam o quanto tomam de leite. E não temos como quantificar quantos ml acabaram de tomar. Não é mesmo? Ou seja, eles conseguem controlar muito bem sua fome e saciedade. Pedem o peito quando sentem fome e soltam quando estão satisfeitos. Já observou?

Então, quando iniciamos a introdução alimentar (IA), deveremos continuar respeitando os sinais de fome e saciedade do bebê. Dando oportunidade e oferecendo os alimentos. O bebê comerá o quanto for necessário para ele e ainda mamará em livre demanda ou tomará a fórmula infantil (conforme orientação profissional). Quando não quiser mais, virará a cabeça, travará a boca, jogará as comidas no chão… Pronto! Esse é um sinal de que já está saciado. Não precisa distraí-lo para que coma mais – esse é um detalhe bem importante!

A divisão de responsabilidades proposta por Ellyn Satter é bem interessante e pode/deve ser aplicada desde o início da IA: os pais/cuidadores decidem o que, quando e onde o bebê comerá e o bebê decide se comerá e o quanto comerá. Assim, os momentos de refeição serão muito mais leves e agradáveis. Seu bebê terá mais prazer em comer e você ficará mais tranquilo(a).

Se o seu bebê está crescendo e com bom desenvolvimento, fique tranquilo. Em caso de dúvidas, procure um profissional especializado.

Dica: menos expectativas e mais oportunidades! Os bebês agradecerão!

Texto escrito por Amanda Guimarães | Nutricionista infantil